Missa presidida por Dom Ângelo Mezzari, no Santuário Mariano no Espírito Santo, marca o início do 44º mês vocacional, em sintonia com o Jubileu da Esperança.
Vila Velha (ES) – Em um cenário de profunda espiritualidade e beleza, o Convento da Penha, situado sobre um penhasco que contempla o mar e a cidade, foi o local escolhido para a abertura oficial do Mês Vocacional 2025, nesta sexta-feira, 1º de agosto. A Santa Missa, que marca o início de 31 dias de intensa oração e promoção vocacional em todo o país, foi presidida por Dom Ângelo Mezzari, presidente da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A celebração contou com uma expressiva participação do povo de Deus, reunindo o Pe. Guilherme Maia, assessor da CMOVIC, o Pe. Alexandre Mothé, coordenador do Serviço de Animação Vocacional (SAV – Brasil), além de um grande número de sacerdotes, consagrados e consagradas, seminaristas, e leigos e leigas, que representaram a riqueza e a diversidade vocacional da Igreja.
Em sua homilia, Dom Ângelo Mezzari destacou que a escolha de um dos mais importantes santuários marianos do Brasil para a abertura não foi por acaso. “Queremos colocar este mês vocacional sob a proteção e a intercessão da bem-aventurada Virgem Maria. Ela que foi a primeira discípula, a primeira vocacionada, mas a primeira missionária também“, afirmou o bispo, convidando todos a depositarem suas esperanças aos pés da Mãe de Jesus.

Peregrinos da Esperança, movidos pelo Amor
Alinhado ao Jubileu da Esperança, o tema escolhido para este ano, “Peregrinos porque chamados”, foi o fio condutor da reflexão de Dom Ângelo. Ele explicou que toda vocação nasce de uma experiência fundamental: o amor de Deus. “Toda vocação se explica, se responde, se chama pelo amor, no amor, para o amor. Somos peregrinos, como Igreja, como povo de Deus, a caminho do Reino, construindo esse Reino. Vocação é caminho, vocação é estrada, vocação é projeto de vida, vocações são sonhos realizados”, ressaltou.
O presidente da CMOVIC lembrou que a assembleia presente na celebração era um “belo mosaico” da Igreja vocacional. “Estão aqui, certamente, representadas todas as vocações que compõem o povo de Deus: cristãos leigos e leigas, consagrados e consagradas, membros de novas comunidades, seminaristas, diáconos, presbíteros e até o bispo. Estamos completos”, disse ele, visibilizando a beleza da complementaridade dos diferentes chamados.

Fé Profunda, Vocação Feliz
Inspirado pelo Evangelho do dia, Dom Ângelo fez uma provocação: a resposta à pergunta “Quem é Jesus?” é o que define o caminho vocacional de cada um. Ele enfatizou que a fé é a condição essencial para um chamado autêntico e fecundo. “A fé é o fundamento de toda vocação. […] Fé profunda, vocação feliz”, sublinhou.
Ao final, Dom Ângelo deixou um duplo compromisso para toda a Igreja no Brasil neste mês de agosto:
- Ser um mês de oração: Citando São Paulo VI, recordou que “as vocações são a resposta de Deus providente a uma Igreja que reza”.
- Ser um mês de compromisso: Reafirmando o ensinamento do Papa Francisco, convocou todos a viverem a máxima de que “toda pastoral é vocacional, toda espiritualidade é vocacional e toda formação é vocacional”.
Com a bênção final, foi oficialmente aberto o Mês Vocacional de 2025, um tempo de graça para que cada batizado e batizada possa redescobrir a alegria de seu chamado e contribuir para que a Igreja seja, cada vez mais, um lar para todas as vocações.

Imagens: Arquidiocese de Vitória – ES